O Gil resolveu dedicar parte das suas férias para participar na campanha de vigilâncias de incêndios da ATN. Partilhamos o seu testemunho e agradecemos todo o empenho por ele realizado numa semana que se revelou cheia de experiências e bons momentos. Lembramos que durante o mês de Setembro ainda está a decorrer a campanha de vigilância de incêncios. Mais informação
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Sou o Gil Pereira e este ano decidi dedicar parte das minhas
férias a fazer voluntariado na Campanha de Vigilância a Incêndios da ATN. Já há
alguns anos que queria visitar a Reserva da Faia Brava e conhecer melhor e “ao
vivo” o trabalho da ATN, por isso esta oportunidade assentou que nem uma luva!
Gostei bastante de toda a experiência pois durante a minha
estadia de 1 curta semana consegui fazer praticamente tudo o que tinha
imaginado!

A tarefa diária de cerca de 4 a 5 horas de vigilância
cumpre-se muito bem, segundo esta minha experiência, contribuindo para isso as
fantásticas vistas desde o topo de Santa Bárbara na aldeia de Algodres e sempre
com um magnífico pôr do sol a fechar em beleza cada dia. Nos 4 dias de
vigilância que realizei, presenciei a ocorrência de 2 fogos (sendo que um deles
foi mais significativo e a poucos quilómetros do local de vigia), portanto,
penso que posso considerar ter sido um período relativamente calmo.
A estadia na aldeia de Algodres foi muito agradável, tendo
partilhado casa com estagiários estrangeiros da ATN e tendo tido oportunidade
de confraternizar com a população local.

O acolhimento por parte dos elementos da ATN foi também
muito bom, tendo reencontrado algumas pessoas que já conhecia de outros
locais/projectos, e principalmente foi bastante positivo por me terem
possibilitado acompanhar outras actividades de campo em curso, o que me
permitiu conhecer outros locais do território do Alto Douro e “desenferrujar”
um pouco os conhecimentos na área da Biologia, à qual já há alguns anos que não
estou directamente ligado.
Adorei também as experiências de acampar por uma noite em
plena Reserva da Faia Brava e de percorrer o troço da Grande Rota do Vale do
Côa que passa dentro da Reserva, tendo-me maravilhado com a observação de garranos
e grifos, para além das paisagens de cortar a respiração sobre o Vale do Côa,
desde enormes penhascos nas margens e miradouros a partir de tradicionais
pombais, e em pleno leito do Rio Côa, junto à ponte na estrada para Cidadelhe.
No último dia de estadia por aquelas bandas ainda tive a
oportunidade de conhecer um pouco melhor Vila Nova de Foz Côa e visitar o Museu
do Côa, antes de regressar desde o Pocinho pela sempre agradável linha de
comboio do Douro.
Posso afirmar com grande segurança e satisfação que foram
dias muito bem passados e revigorantes, pelo que recomendo a qualquer um a
experiência!
Obrigado à ATN por a proporcionar!